17º Dia – Buenos Aires –> Santo Tomé- 11/01/2016

O plano inicial era sair de Buenos Aires e ir de BuqueBus (balsa) para o Uruguai para seguir viagem mas por motivos traumáticos com balsas, brincadeira, por questão de tempo e financeira vamos em direção ao norte a travessia de carro pelo BuqueBus custa a bagatela de R$ 890,00 por este valor você compra um pacote completo de avião mais hotel para Buenos Aires, então Uruguai fica para outra ocasião uma viagem bem menor que com certeza pode ser feita de moto!!! Breve.

Saímos logo de manhã com o intuito de rodar o máximo possível em direção a Foz do Iguaçu, sair de Buenos Aires em uma segunda feira não foi tarefa simples, como toda metrópole, muito trânsito e muitas avenidas para se perder mas cerca de 20 minutos depois já estávamos na rodovia, sol muito forte 33 graus e sebo nas canelas,  percorremos 800 KM sempre próximos da fronteira do Brasil com a Argentina por volta de 4 da tarde chegamos em Santo Tomé, cidade distante apenas 10KM de São Borja – RS, passamos novamente pelas regiões alagadas próximas de Uruguaiana que estava sob a agua na ida e agora tudo está já praticamente normalizado.

Percorremos novamente parte da província de Entre Rios dos policiais “gente boa”, fomos parados novamente e pediram tudo, olharam malas, seguro mas agora já descemos do carro com a GoPro ligada qualquer coisa teremos imagens, mas desta vez passamos ilesos. UFA.

No caminho novas preciosidade gastronômicas de beira de estrada, choripan com chimichurry e outro sanduíche que não identifiquei tudo.

Depois de instalados seguimos para uma churrascaria (Integracion), o dono é brasileiro, perguntamos se é gaúcho e ele disse que não que é do Mato Grosso e torce para o Flamengo, mas o sotaque indica que é um gaúcho nato.

Na viagem algo interessante acontece, como uma perseguição, em Ushuaia ficamos hospedados no quarto 404, fomos jantar e a conta ficou em 404 pesos, no outro dia um carro com a placa 404 o que se repetiu por mais 3 dias e hoje um carro com a placa 808, ou seja, 2  404, ai depois de muito pensar e analisar o que poderia significar  chegamos a uma conclusão, sabe o que quer dizer isto? ABSOLUTAMENTE NADA.

Dica: Não sei se já comentei, mas aqui é costume comprar agua quente para usar no chimarrão, tanto que existem máquinas de venda automática em todos os postos.

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“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

Amyr Klink

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16º Dia –Bahia Blanca –> Buenos Aires- 10/01/2016

Tomamos café hoje no hotel enquanto o garçom explicava que a cidade está complicada e tem por volta de 4 assaltos por dia aqui e alguns acidentes de transito isto em uma  cidade de 400 mil habitantes se não me engano, em Franca chamo isto de um dia  calmo de primavera.

Seguimos em direção a “Mi Buenos Aires querida” como diria Carlos Gardel e completar a Ruta 3 que começa em Ushuaia e termina em Buenos Aires, dia calmo e nublado, ideal para dirigir, chegamos a Buenos as 16 horas, metrópole que mesmo no domingo torna difícil chegar aos lugares, achamos um hotel por um bom preço e fizemos cambio de moeda para terminar a viagem, depois de instalados fomos aos pontos principais da cidade como, Casa Rosada, Congresso, Puerto Madero, Teatro Colon entre outros como podem ver nada fotos, cidade muito bonita e quente e literalmente invadida por brasileiros depois de 16 dias voltamos a ouvir português pelas ruas.

Já estive por estas paragens por 2 vezes e recomendo fortemente a visita aqui por no minimo uns 5 dias.

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Procurando as vacas no céu

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Piada é ruim mas está valendo

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Casa Rosada

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Ponte da Mulher

 

 

15º Dia – Comodoro Rivadavia –> Bahia Blanca – 09/01/2016

Acordamos logo cedo pois hoje mais uma vez iriamos rodar 1.150 KM, tentamos tomar café da manhã que devia ter começado as 7 mas já era 8 e nada nem sinal de vida de alguém preparando café, fazer o que, mais uma vez vamos sair e ter que comprar o café na padaria.

Seguimos agora sem protestos o calor agora só aumenta os animais foram sumindo e dando lugar a uma paisagem meio desértica com retas imensas, confesso que é o trecho mais enfadonho de toda a viagem 1.150 KM sem nada para tirar fotos, acho que o nível de exigência subiu muito pelos lugares que visitamos.

Chegamos em Bahia Blanca uma cidade grande e histórica com prédios antiquíssimos, muito cansados tratamos de arrumar o hotel e jantar para descansar.

Durante o caminho sempre que paramos para abastecer as filas se fazem presente e agora o preço da gasolina volta a subir.

Assim como aconteceu na outra viagem (http://expedicaonosandes.blogspot.com), sempre que leem a placa confundem com França e pergunta se somos franceses, ou seja, temos cara de europeu que esta tez alva e refinada nos confere, mas quando dizemos que somos do Brasil a conversa engata e ao explicar que estamos vindo de Ushuaia mesmo eles que estão “perto” se espantam, outro detalhe é quando dizemos que somos de São Paulo para não ter que explicar onde é Franca, todos sem exceção sempre arrumam uma ligação, um tio primo, irmão do vizinho do primo que foi no Brasil e blá blá, o ultimo foi o dono do Hotel Petit Firenze que o filho estava em São Paulo faz poucos dias e tal assim posso afirmar que as pessoas sempre estão dispostas a se abrir e contar suas histórias, experimente em suas viagens costuma ser uma das melhores partes da viagem, conhecer histórias.

Dica: Quando for rodar pela Argentina não se esqueça da sesta este período que tudo fecha aqui, principalmente nas cidades menores entre 14 e 17 horas você não consegue nada a cidade fica literalmente deserta, uma questão cultural que nos estranha bastante mas costume é costume, então previna-se e compre o que precisar fora destes horários.

Outro detalhe é relativo a venda de água quente, todos os postos e outros lugares nas cidades tem máquinas automáticas que vendem água quente por 3 até 5 pesos pois a cuias de chimarrão aqui são apêndices constantes das pessoas, ou seja, vender água quente aqui é um bom negócio.

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Água quente

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Praça Central Bahia Blanca

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Outra privada novidade, aperte o botão prateado e tenha uma surpresa gelada

 

14º Dia – Rio Gallegos –> Comodoro Rivadavia – 08/01/2016

Depois da epopeia que foi ontem e apenas 4 horas de sono pegamos a estrada novamente com destino a Comodoro Rivadavia, Rio Gallegos é uma cidade de tamanho médio junto ao mar mas sem grandes atrativos, saímos por volta de 8:30 e logo no inicio da rodovia mais uma doce surpresa, um protesto bloqueava a rodovia e segundo a policia depois de um acordo entre os manifestantes e eles a estrada seria liberada as 11:00 horas, ou seja, mais 2 horas parado perdendo tempo, fazer o que paciência, era por volta de 15 pessoas protestando bloqueando a rodovia com pneus, havia mais policiais do que pessoas no protesto, a situação aqui na Argentina está complicada em vários setores, este protesto é relativo a empresa UOCRA que declarou falência e dispensou muitos funcionários, é o tipo de protesto que não leva a nada na minha opinião já que sem imprensa e adesão em massa dos funcionários pouco acontece é apenas uma subversão da pirâmide de Maslow, onde já que as necessidades básicas não são atendidas vamos exercer, ainda que momentaneamente, o PODER de controlar o direito de ir e vir das pessoas, porém faz parte estávamos cansados porém viajando e eles infelizmente desempregados.

Carretera liberada seguimos nosso caminho, 1 hora depois a surpresa número 2, outro protesto, outra empresa!!!!! É os argentinos gostaram de nós, foram mais 30 minutos parado antes de seguir viagem novamente.

Felizmente não encontramos mais protestos paramos no restaurante do Migué e tivemos um almoço decente depois de 48 horas, Lomo a Lo Pobre (Mega bife com ovo), tudo que vai ovo por cima é a Lo Pobre, eu gosto.

A paisagem agora começa a mudar e o frio a diminuir, deixamos de ser os homens cebola e agora como as aves migratórias seguimos para o norte em busca de calor, no caminho muitos guanacos, emas e raposas, alias guanacos aqui são como praga sempre temos que frear para não atropelar e fazer churrasquinho de guanaco, estamos desenvolvendo uma teoria sobre quem é o predador deste animal sui genere, ele é grande demais para as raposas, tem-se basicamente o puma como predador, mas é muito guanaco pra pouco puma então encontramos muitos guanacos mortos presos nas cercas junto a rodovia, fica a impressão que é suicídio provavelmente por uma crise de identidade pois ele não chega a ser uma LLAMA e nem um VEADO, então nesta dúvida cruel e na falta de um  bom ansiolítico (Rivotril) pulam na cerca, outro predador são os carros que pelo que vimos a inteligência não é o forte deste bicho, mas mesmo assim são muitos. ( Talvez viajamos na teoria, mas só vindo aqui para entender)

Seguimos em direção a Comodoro e faltando alguns quilômetros começamos a rodar junto ao mar, muito bonito por sinal, mas apenas para ver já que as praias são de pedras e a água gelada, em uma das praias encontramos os leões marinhos e fomos dar um oi, como já disse gosto de ver o animal no seu habitat, são muito leões e na turma que vimos com 2 machos visivelmente maiores e pretos enquanto as fêmeas são marrons, leões suficientes para uma  vida inteira, são barulhentos e fedidos, muito fedidos, junto a eles vários estavam mortos aparentemente por brigas ou os menores por esmagamento, interessante esta natureza, um deles inclusive quis comer meu amigo no sentido antropofágico da  coisa, mas eles são bem lentos na terra dá para chegar bem perto deles, mas pelo odor você vai querer sair rapidinho, melhor levar um guanaco de estimação.

Chegamos as 8:30 da noite na cidade de Comodoro Rivadavia depois de muito rodar achamos um hotel, ficamos no primeiro que encontramos só foi difícil combinar tudo pois a menina estava mais interessada no WhatsUp do que atender o cliente, tomamos banho e partimos em busca do jantar e ai a coisa complica de vez, uma cidade de 200 mil habitantes e nada de restaurante, aqui o negócio é Polleria( frango assado) e rotiseria, parece que ninguém come fora de casa e em plena sexta a cidade morta.

Entrei em uma rotiseria e perguntei onde eu achava um Comedor, meu amigo aqui estranhou, mas vamos lá, depois de 1 hora e já quase desistindo achamos um restaurante o Parrila “La Minuta”, um lugar muito interessante como vocês verão ai nas fotos, a dona Cristina nos atendeu muito bem uma tiazinha que tem 7 filhos e é dona deste restaurante, disse que o prato custava 150 pesos podia ser milanesa ou frango, ou merluza, perguntei o que acompanha, ela devolveu a pergunta o que você quer, batatas fritas, ovo, salada? Perguntei quanto e a surpresa: 150 pesos, ou seja, pode pedir todos os acompanhamentos que vai ser o mesmo preço, obviamente pedimos tudo e comemos como dois condenados a esperar na fila de protesto e balsa.

Recomendo quem for passar por esta cidade que vive do porto e do petróleo a conhecer este restaurante, dona Cristina tem um filho que é dançarino no Senor Tango em Buenos Aires a casa de tango mais famosa do pais e é namorado de uma brasileira que segundo ela não parece brasileira uma loira de Curitiba que dança com ele.

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Protesto 1
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Maquina para extração do petróleo IMG_20160108_190144515

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Rua Necochea 1558 – Comodoro Rivadavia

13º Dia –Ushuaia –> Rio Gallegos – 07/01/2016

Confirmando as previsões este trecho de 580 KM não foi fácil, depois de tomar café saímos as 8 horas em direção a Rio Gallegos ao chegar no Paso San Sebastian abastecemos e fizemos a saída da Argentina, 15 quilômetros depois fizemos a entrada no Chile neste processo gastamos uns 30 minutos, percorremos aproximadamente 100 KM de ripio e seguimos  em direção a balsa a mesma estava parada devido a condições climáticas com ventos muito fortes a balsa deixa de funcionar e neste dia desde Ushuaia pegamos ventos extremamente fortes o que complica o processo de dirigir o carro imagina a travessia da balsa, ciclistas na estrada mal conseguiam sair do lugar, os motociclistas conduziam a 45 graus do solo para compensar o gélido e forte vento, permanecemos  por 12 horas na espera da balsa as 23:00 a balsa volta a funcionar e conseguimos passar a mesma apenas as 00:00 pois a fila era imensa não sem antes relembrar todas as orações da catequese, pois a balsa balançava muito com o vento que ainda insistia no melhor estilo do filme Mar em Fúria (é talvez um pouco menos), e na saída ainda temos direito a banho de mar no carro com o vento soprando as ondas na balsa ficou bem parecido com este vídeo ai (https://www.youtube.com/watch?v=DAMDAKDhRJU), não temos imagens pois era um breu só e tirar fotos chamando os santos é complicado.

Depois da longa espera na balsa ainda tínhamos 2 fronteiras e 150KM até Rio Gallegos, chegamos na fronteira a 1:00 AM fizemos processo de saída do Chile e depois entrada na Argentina novamente, chegamos  a Rio Gallegos as 3:40 AM muito cansados mas são e salvos depois de andar um pouco achamos um hotel com nome sugestivo CovaDonga, um hotel muito, muito antigo daqueles que as portas rangem e escuta-se os passos a noite, porém era 4 da matina e desmaiamos.

Enquanto esperava a balsa (entenda-se balsa como um navio que nas minhas contas levas mais de 100 automóveis) o vento foi ficando cada vez mais forte e mais frio, as lanchonetes já haviam esgotado o estoque de alimentos para venda e ficamos sem nada para comer para proteger do frio pegamos todas as roupas possíveis e vestimos já prevendo que a noite seria longa, enfim nos transformamos  nos homens cebola se não pela inúmeras camadas, talvez pela vontade de chorar que dava ao tirar as camadas que por tantas horas sem banho já apresentava sintomas de vencimento….

Nas conversas pré balsa vários motociclistas do Brasil, Paraguai, Argentina e até da Alemanha com um típico alemão alto e desengonçado saiu correndo atrás de um boné que foi em direção ao mar, nem preciso dizer que aqui o vento vence qualquer maratonista e lá se foi um boné europeu, o brasileiro que segundo ele viaja enquanto o dinheiro der para colocar gasolina e outro que “mexe com soja” que parece não estar preocupado com dinheiro em conversa segundo ele no Chile ao começar sentir frio comprou outro conjunto de jaqueta e calça BMW que custa a bagatela de US$ 2.000,00 (isto ai esfregue na cara da pobreza rsrs), como diz o outro “Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre que só tem dinheiro”.

Este processo de entrada e saída da Argentina e Chile se dá, pois a província de Terra Del Fuego não tem ligação terrestre com o restante da Argentina, sendo assim mesmo os argentinos precisam realizar este processo de migração quando desejam visitar sua província mais isolada.

 

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Estreito de Magalhães

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Moto do Alemão em primeiro plano



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Fila Balsa

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Central Telefônica do Hotel

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Foto no Cova?????

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Corredor do Hotel com banheiro compartilhado

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Imagens da balsaIMG_20160108_240233936

12º Dia –Ushuaia – 06/01/2016

Depois de 11 dias mudando de uma cidade para a outra praticamente sem parar vamos “descansar” um dia no destino final em Ushuaia, aproveitamos para ir ao Parque Nacional de Ushuaia e carimbar o passaporte, confesso  que a visita ao parte é meio que um anticlímax pois os locais que já visitamos são inigualáveis como El Chalten, El Calafete e Torres Del Paine então apesar do Parque de Ushuaia ter inúmeros rios, montanhas com neve e lagos sou obrigado a admitir que este não surpreende como os parques e cidades anteriores, desta maneira fica a dica, Ushuaia é um destino mais simbólico por tratar-se da cidade mais ao sul do planeta porém apesar de valer a visita os locais citados anteriormente são mais interessantes e com certeza merecem de 3 a 5 dias de visita cada um. Voltamos ainda cedo do parque e passamos no Carrefour da cidade para abastecer de comida e preparar a volta a partir de amanhã.

Fiz uma pequena corrida na orla do porto e confesso que a favor do vento até vai, porém contra ele além de cortar de frio você não consegue desenvolver a atividade da maneira correta, reafirmo não sei como o pessoal consegue manter uma vida diremos proveitosa por estas paragens, porém é a prova que com resiliência você consegue superar quase tudo.

A tarde fui visitar o Glacial Martial, uma surpresa agradável já que durante a viagem cheguei perto do gelo inúmeras vezes mas desta vez em um local de fácil acesso e gratuito pude desfrutar do gelo com direito a tombo e tudo, mesmo no verão a estação de esqui do Glacial conserva muito gelo e permite que seus visitantes disfrutem deste interessante ambiente para nós brasileiros o local conta com um teleférico que só funciona no inverno então no verão você poderá ir até o estacionamento de carro ou taxi e caminhar cerca de 30 minutos para conhecer a neve e gelo.

Depois do merecido descanso amanhã iniciamos a volta e temos como objetivo chegar até Rio Gallegos, porém esta tarefa será árdua já que para tanto teremos que realizar 4 fronteiras 2 na Argentina e 2 no Chile, passar por trecho considerável de ripio e cruzar a balsa em  Bahia Azul no Estreito de Magalhães.

IMG_20160105_222227901Aqui você escolhe ela viva para preparar e comer depois

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Vista do hotelIMG_20160106_102131428_HDR

Parque UshuaiaIMG_20160106_102159212_HDR

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Final Ruta 3 (Vamos percorrer ela inteira até Buenos Aires)

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Lago Roca

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Carimbo Passaporte UshuaiaIMG_20160106_110307434

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Glaciar MartialIMG_20160106_165913131_HDR

IMG_20160106_165956970_HDRCara de quem nunca viu tanto gelo junto

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Vista do Canal e Beagle

Aquele que partiu e não voltou mais

Partir em uma jornada/viagem/expedição sempre tem como destino final a chegada, porém talvez nem cheguemos ao destino traçado, mas sem dúvida alguma atingiremos um lugar.

Aquele que foi talvez não volte nunca mais, veja bem, nada mais será igual desde que resolveu buscar o destino.

Ficaram no passado formas de pensar, hábitos, vieram abaixo dúvidas nasceram inúmeras outras quem sabe centenas e os temores cresceram, minguaram ou simplesmente mudou-se a forma de encara-los.

Na viagem aquele que foi não volta mais, porém volta outro alguém com a resiliência apurada a tolerância afinada e com mais histórias, várias delas, as quais com certeza acrescenta dias a vida esta que de tão fugaz e efêmera só pode ser enriquecida com busca de seus sonhos que com certeza trarão mais e mais histórias.

Aquele que foi se satisfaz de sair do marasmo rotineiro que o maltrata por horas, porém as mais variadas desculpas o mantém naquela engrenagem. Um dia há de a liberdade atingir mesmo aquele mais aversivo e mostrar-lhe que este mundo oferece milhares de experiências a serem gozadas fora deste status quo.

Uma reta, uma curva, uma subida, uma descida, quantas aquele que partiu vai encontrar? Muitas. Todas estas metáforas apenas se sucedem e a vida é isto, aproveitar as descidas, esforçar-se nas subidas, acompanhar as curvas para evitar surpresas quem sabe uma rocha, ou um encravadouro, porém sem nunca perder a altivez.

Aquele que partiu não pode parar nunca sempre cultivando para fazer com que no futuro brote e dê frutos e fomente a constante mudança do curso da vida.

É por isto que aquele que partiu apenas foi e não voltou mais e continua indo a cada dia em busca de algo novo a ser descoberto, bom ou ruim tanto faz, pois assim é a vida.

Dia a dia nós partimos, mas em algum momento a partida será definitiva e daremos continuidade à viagem que começou como um presente.

Aquele que partiu e não voltou mais …

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11º Dia –Fronteira Argentina – >Ushuaia – 05/01/2016

A noite no hotel de fronteira foi tranquila tomamos café e seguimos em direção a Ushuaia, faltavam pouco mais de 250KM, chegamos cedo ainda pois desta vez não tinha rípio, almoçamos e seguimos a procura de um hotel.

Neste meio tempo começou a garoar em Ushuaia, depois de procurar bastante achamos um ótimo hotel por uma preço razoável pois em Ushuaia o preço da hospedagem é bem salgado, nos instalamos partimos para conhecer a cidade com muito frio e vento.

A cidade tem uma boa estrutura turística com muitos hotéis, possui um porto relativamente movimentado mas continuo sem entender como se passa a vida em local tão frio já que estamos no verão e as temperaturas são baixas imagina no inverno, sem contar o vento que não dá paz um minuto.

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TOP-Caminhão da Suiça

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HDR-Placas com Coordenadas da rua

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Foto clássica

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Preço passeio 10 dias para Antartida

Preço passeio 10 dias para Antartida

 

10º Dia – Torres Del Paine –>Punta Arenas/Fronteira Argentina – 04/01/2016

Depois de terminar a trilha, desmontei a barraca e seguimos em direção a Punta Arenas com o intuito de no outro dia pegar a balsa que deixa “próximo” de Ushuaia, porém ao chegar na cidade e procurar a balsa fomos informados que não existia mais vagas para o próximo dia, perdemos 100 Km de viagem então seguimos para a cidade mais próxima da próxima balsa no Chile que fica do outro lado do país, ou seja, apenas 150 Km. Quando chegamos lá a balsa estava quase fechando mas ainda conseguimos entrar, o conceito de balsa é um pouco diferente, pois trata-se de um navio, como podem ver nas fotos a travessia do Estreito de Magalhães demora 20 minutos e apesar de interessante é tenso, o barco balança muito pelo vento e ondas e a todo momento a água do mar dá um banho nos carros e caminhões dentro do navio, segundo dizem tem dias que a balsa não funciona pois o mar fica muito agitado…..??? Imagino quando está agitado….

Depois da balsa seguimos mais uma vez pela estrada de rípio em direção à fronteira do Chile com a Argentina, depois de muito tempo fizemos a saída do Chile e 14KM depois a entrada da Argentina, porém ao pegar informação da próxima cidade descobrimos que a mesma era Rio Grande e estava a 100Km, estávamos muito cansados, o vento soprava impiedoso (tadinho) então resolvemos ficar no hotel que fica junto a fronteira literalmente no meio do nada, hotel sem calefação coisa que aqui é importante, porém era “barato” e pra nós naquele momento qualquer coisa estava bom, mas confesso que lembra muito aqueles filmes de rodovia onde o serial killer aparece do nada, hotel sozinho no meio da estrada sem asfalto, ventos de mais de 50 km por hora, o feno rolando no pasto (tudo verdade tenho filmagens), posto de gasolina ao lado, pegamos um quarto e a senhora disse que oferecia jantar, chegando no quarto primeiro detalhe a falta da calefação, depois a porta não fecha e não tranca a chave emperrou na porta, até ai tudo bem eu acho, ao entrar no banheiro e ligar a luz um exaustor liga automaticamente fazendo um barulho que obviamente foi feito para acobertar gritos e afins, rsrs, o banheiro tem banheira e a cortina do manjado Psicose do Hitcock, OK, deixa a porta aberta e vamos jantar, chegando lá o que passa na TV de 65 polegadas HD que destoa da decoração kisth do local, Walking Dead …pô ai já é piada pronta, bem apesar de tudo, tomamos 2 Quilmes e fomos “dormir”.

Se tudo correr bem vai existir o post da chegada a Ushuaia.

PS.: É incrível a quantidade de estrangeiros que fazem viagens por aqui de mochilão e com bicicletas, depois vou fazer um post exclusivo sobre isto, mas muitos europeus largam tudo e vem passar meses  por aqui só andando de bicicleta.

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Viajantes pelo mundo

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Balsa Estreito de Magalhães

Balsa Estreito de Magalhães