16º Dia –Bahia Blanca –> Buenos Aires- 10/01/2016

Tomamos café hoje no hotel enquanto o garçom explicava que a cidade está complicada e tem por volta de 4 assaltos por dia aqui e alguns acidentes de transito isto em uma  cidade de 400 mil habitantes se não me engano, em Franca chamo isto de um dia  calmo de primavera.

Seguimos em direção a “Mi Buenos Aires querida” como diria Carlos Gardel e completar a Ruta 3 que começa em Ushuaia e termina em Buenos Aires, dia calmo e nublado, ideal para dirigir, chegamos a Buenos as 16 horas, metrópole que mesmo no domingo torna difícil chegar aos lugares, achamos um hotel por um bom preço e fizemos cambio de moeda para terminar a viagem, depois de instalados fomos aos pontos principais da cidade como, Casa Rosada, Congresso, Puerto Madero, Teatro Colon entre outros como podem ver nada fotos, cidade muito bonita e quente e literalmente invadida por brasileiros depois de 16 dias voltamos a ouvir português pelas ruas.

Já estive por estas paragens por 2 vezes e recomendo fortemente a visita aqui por no minimo uns 5 dias.

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Procurando as vacas no céu

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Piada é ruim mas está valendo

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Casa Rosada

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Ponte da Mulher

 

 

15º Dia – Comodoro Rivadavia –> Bahia Blanca – 09/01/2016

Acordamos logo cedo pois hoje mais uma vez iriamos rodar 1.150 KM, tentamos tomar café da manhã que devia ter começado as 7 mas já era 8 e nada nem sinal de vida de alguém preparando café, fazer o que, mais uma vez vamos sair e ter que comprar o café na padaria.

Seguimos agora sem protestos o calor agora só aumenta os animais foram sumindo e dando lugar a uma paisagem meio desértica com retas imensas, confesso que é o trecho mais enfadonho de toda a viagem 1.150 KM sem nada para tirar fotos, acho que o nível de exigência subiu muito pelos lugares que visitamos.

Chegamos em Bahia Blanca uma cidade grande e histórica com prédios antiquíssimos, muito cansados tratamos de arrumar o hotel e jantar para descansar.

Durante o caminho sempre que paramos para abastecer as filas se fazem presente e agora o preço da gasolina volta a subir.

Assim como aconteceu na outra viagem (http://expedicaonosandes.blogspot.com), sempre que leem a placa confundem com França e pergunta se somos franceses, ou seja, temos cara de europeu que esta tez alva e refinada nos confere, mas quando dizemos que somos do Brasil a conversa engata e ao explicar que estamos vindo de Ushuaia mesmo eles que estão “perto” se espantam, outro detalhe é quando dizemos que somos de São Paulo para não ter que explicar onde é Franca, todos sem exceção sempre arrumam uma ligação, um tio primo, irmão do vizinho do primo que foi no Brasil e blá blá, o ultimo foi o dono do Hotel Petit Firenze que o filho estava em São Paulo faz poucos dias e tal assim posso afirmar que as pessoas sempre estão dispostas a se abrir e contar suas histórias, experimente em suas viagens costuma ser uma das melhores partes da viagem, conhecer histórias.

Dica: Quando for rodar pela Argentina não se esqueça da sesta este período que tudo fecha aqui, principalmente nas cidades menores entre 14 e 17 horas você não consegue nada a cidade fica literalmente deserta, uma questão cultural que nos estranha bastante mas costume é costume, então previna-se e compre o que precisar fora destes horários.

Outro detalhe é relativo a venda de água quente, todos os postos e outros lugares nas cidades tem máquinas automáticas que vendem água quente por 3 até 5 pesos pois a cuias de chimarrão aqui são apêndices constantes das pessoas, ou seja, vender água quente aqui é um bom negócio.

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Água quente

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Praça Central Bahia Blanca

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Outra privada novidade, aperte o botão prateado e tenha uma surpresa gelada

 

14º Dia – Rio Gallegos –> Comodoro Rivadavia – 08/01/2016

Depois da epopeia que foi ontem e apenas 4 horas de sono pegamos a estrada novamente com destino a Comodoro Rivadavia, Rio Gallegos é uma cidade de tamanho médio junto ao mar mas sem grandes atrativos, saímos por volta de 8:30 e logo no inicio da rodovia mais uma doce surpresa, um protesto bloqueava a rodovia e segundo a policia depois de um acordo entre os manifestantes e eles a estrada seria liberada as 11:00 horas, ou seja, mais 2 horas parado perdendo tempo, fazer o que paciência, era por volta de 15 pessoas protestando bloqueando a rodovia com pneus, havia mais policiais do que pessoas no protesto, a situação aqui na Argentina está complicada em vários setores, este protesto é relativo a empresa UOCRA que declarou falência e dispensou muitos funcionários, é o tipo de protesto que não leva a nada na minha opinião já que sem imprensa e adesão em massa dos funcionários pouco acontece é apenas uma subversão da pirâmide de Maslow, onde já que as necessidades básicas não são atendidas vamos exercer, ainda que momentaneamente, o PODER de controlar o direito de ir e vir das pessoas, porém faz parte estávamos cansados porém viajando e eles infelizmente desempregados.

Carretera liberada seguimos nosso caminho, 1 hora depois a surpresa número 2, outro protesto, outra empresa!!!!! É os argentinos gostaram de nós, foram mais 30 minutos parado antes de seguir viagem novamente.

Felizmente não encontramos mais protestos paramos no restaurante do Migué e tivemos um almoço decente depois de 48 horas, Lomo a Lo Pobre (Mega bife com ovo), tudo que vai ovo por cima é a Lo Pobre, eu gosto.

A paisagem agora começa a mudar e o frio a diminuir, deixamos de ser os homens cebola e agora como as aves migratórias seguimos para o norte em busca de calor, no caminho muitos guanacos, emas e raposas, alias guanacos aqui são como praga sempre temos que frear para não atropelar e fazer churrasquinho de guanaco, estamos desenvolvendo uma teoria sobre quem é o predador deste animal sui genere, ele é grande demais para as raposas, tem-se basicamente o puma como predador, mas é muito guanaco pra pouco puma então encontramos muitos guanacos mortos presos nas cercas junto a rodovia, fica a impressão que é suicídio provavelmente por uma crise de identidade pois ele não chega a ser uma LLAMA e nem um VEADO, então nesta dúvida cruel e na falta de um  bom ansiolítico (Rivotril) pulam na cerca, outro predador são os carros que pelo que vimos a inteligência não é o forte deste bicho, mas mesmo assim são muitos. ( Talvez viajamos na teoria, mas só vindo aqui para entender)

Seguimos em direção a Comodoro e faltando alguns quilômetros começamos a rodar junto ao mar, muito bonito por sinal, mas apenas para ver já que as praias são de pedras e a água gelada, em uma das praias encontramos os leões marinhos e fomos dar um oi, como já disse gosto de ver o animal no seu habitat, são muito leões e na turma que vimos com 2 machos visivelmente maiores e pretos enquanto as fêmeas são marrons, leões suficientes para uma  vida inteira, são barulhentos e fedidos, muito fedidos, junto a eles vários estavam mortos aparentemente por brigas ou os menores por esmagamento, interessante esta natureza, um deles inclusive quis comer meu amigo no sentido antropofágico da  coisa, mas eles são bem lentos na terra dá para chegar bem perto deles, mas pelo odor você vai querer sair rapidinho, melhor levar um guanaco de estimação.

Chegamos as 8:30 da noite na cidade de Comodoro Rivadavia depois de muito rodar achamos um hotel, ficamos no primeiro que encontramos só foi difícil combinar tudo pois a menina estava mais interessada no WhatsUp do que atender o cliente, tomamos banho e partimos em busca do jantar e ai a coisa complica de vez, uma cidade de 200 mil habitantes e nada de restaurante, aqui o negócio é Polleria( frango assado) e rotiseria, parece que ninguém come fora de casa e em plena sexta a cidade morta.

Entrei em uma rotiseria e perguntei onde eu achava um Comedor, meu amigo aqui estranhou, mas vamos lá, depois de 1 hora e já quase desistindo achamos um restaurante o Parrila “La Minuta”, um lugar muito interessante como vocês verão ai nas fotos, a dona Cristina nos atendeu muito bem uma tiazinha que tem 7 filhos e é dona deste restaurante, disse que o prato custava 150 pesos podia ser milanesa ou frango, ou merluza, perguntei o que acompanha, ela devolveu a pergunta o que você quer, batatas fritas, ovo, salada? Perguntei quanto e a surpresa: 150 pesos, ou seja, pode pedir todos os acompanhamentos que vai ser o mesmo preço, obviamente pedimos tudo e comemos como dois condenados a esperar na fila de protesto e balsa.

Recomendo quem for passar por esta cidade que vive do porto e do petróleo a conhecer este restaurante, dona Cristina tem um filho que é dançarino no Senor Tango em Buenos Aires a casa de tango mais famosa do pais e é namorado de uma brasileira que segundo ela não parece brasileira uma loira de Curitiba que dança com ele.

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Protesto 1
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Maquina para extração do petróleo IMG_20160108_190144515

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Rua Necochea 1558 – Comodoro Rivadavia